o mistério das bicicletas rojas.....

Hoje recebi um e-mail de uma amiga perguntando: “vai de bike?” e o link de uma página web do ayuntamiento de Barcelona sobre o “Bicing”. A historia é a seguinte, o governo, com o propósito de desafogar o transporte público da cidade, criou o projeto “Bicing” cujo slogan aqui é mais ou menos o mesmo da pergunta, só que em catalão: “Agafa el bicing”. A idéia é genial, o usuário se inscreve pela internet e paga por uma carteira no valor de 6 euros anuais, este valor é promocional desde sua inauguração até o dia 6 de julho e depois sobe para 24 euros ao ano. Nas estações onde se encontram as bicicletas, passa-se sua carteira por um leitor eletrônico que indica por sua vez qual a dita cuja deve retirar. O “esportista” em questão tem 30 minutos para percorrer de uma estação a outra de bicicleta, um tempo excelente porque de fato as estações sempre estão estrategicamente posicionadas para que não se exceda este limite. O não cumprimento da regra acarreta uma multa de 0.30 euros por cada fração de 30 minutos.

Seria perfeito fazer um exercício leve pela manhã antes de ir ao trabalho, se as coisas funcionassem assim. O governo daqui como qualquer governo de qualquer país peca por enfiar os pés pelas mãos. Com o lançamento da promoção de 6 euros anuais, a correria para usar o sistema de bicicletas públicas gerou falta das mesmas no local de retirada ou então a existência de várias, mas nenhuma em condição de uso. A falta de bicicletas acaba irritando os usuários. A coisa comigo foi um pouco “déjà vu”. Eu fiz minha inscrição no dia 6 de julho e depois do dia 20 ainda não tinha recebido nada em casa, enviei um e-mail relatando o que havia ocorrido e pedindo uma explicação. Foi então que ontem recebi a seguinte resposta: que lamentavam muito pela demora, mas que tinham perdido todos os meus dados, ou seja, eles queriam meu nome, telefone, endereço e minha carteira de identidade, tudo de novo. Conclusão, cobrar da minha conta bancária, obvio que cobraram, mas ter meus dados no sistema, claro que não.

Depois digo que isso aqui tem um “que” de Brasil e ninguém acredita.